Não
te esqueci, como eu poderia fazê-lo? Você existiu! Como se apaga a recordação
de alguém que te fez sorrir? Que sentou contigo num banco de praça no domingo
de tarde? Que dividiu pipoca com você no cinema? Que segurou suavemente sua mão
e lhe beijou carinhosamente os cabelos? Alguém que te emprestou o casaco numa
fria noite de julho para te proteger do frio?Alguém que te beijou com paixão e
te fez promessas de amor eterno? Mesmo os amores, nunca sendo eternos. Diga-me
você, como se faz para apagar a lembrança de “alguém”, que mesmo por um único
dia de sua vida, foi real!
Fiquei
ali parada, olhando o castanho, cor de terra de seus olhos, e pensando como se
pode “esquecer alguém” que cruzou seu caminho numa manhã de sábado, num dia
quente de domingo, numa segunda chuvosa ou numa noite fria de sexta-feira! E
que por algumas horas, dias, meses ou anos, fez seu coração acelerar, fez você
sentir aquele frio gostoso na barriga, e te fez sorrir sozinho, feito um
perfeito idiota, dentro do carro em um daqueles infernais engarrafamentos
depois do trabalho?
Sorri.
E a resposta, veio assim, como do nada, como se sempre estivesse ali, veio
simples, direta e verdadeira:
_________Eu
nunca o esqueci, nem que quisesse, poderia fazê-lo! Faz parte da minha história.
Apenas deixei de amá-lo!
Olhamo-nos
por alguns instantes. Foi um olhar frio. Constatamos ali, naquele breve momento
que:___ O Tempo é implacável!E ele havia passado, e nada mais poderia ser
diferente do que é Hoje!
Os
anos passaram, as coisas mudaram e foi se o tempo que pensava em você todos os
dias, que sentia saudade, que pensava em nós dois com algum sentimento bom ou
ruim.
Lembro
de você vez ou outra, nada especial. Não é lembrança de saudade ou
arrependimento, é apenas, lembrança, assim, simples e pura.
Ele,
então sorriu-me, parecendo compreender com tristeza, embora não houvesse mágoa em seu olhar que seguimos caminhos diferentes.
NEO (Set/09)
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